segunda-feira, 10 de outubro de 2011

MEDITAÇÃO DA SEMANA

9 de outubro Domingo


Transformação


Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nEle. Colossenses 2:6

Como entramos na vida cristã e como vamos continuar sendo cristãos? Entramos na vida cristã entregando a vida a Cristo, abrindo o coração para fazer aquilo que nos tornará cada vez mais semelhantes a Ele. Alguns esperam a perfeição e mudança imediata em tudo. Esperam atingir rapidamente um grau de maturidade cristã. Querem ser capazes de dizer: “Vejam como mudei! Como em poucas semanas já demonstro que sou um cristão maduro.” São aqueles que gostam de dar batidinhas nas próprias costas dizendo: “Menino bom, hein! Eu sabia que você ia conseguir!”

Alguns confiam em seus esforços, tentam abandonar um mau hábito, ser mais disciplinados, mas depois de algum tempo desistem.
John Ortberg menciona que a transformação espiritual só vai acontecer com um poder especial fora de nós. E a compara com a travessia do oceano. Alguns tentam dia após dia ser bons e se tornar espiritualmente maduros. É como tentar atravessar o oceano num barco a remo. É cansativo e sem resultado. Outros desistiram de se esforçar confiando somente na graça de Deus. São como náufragos à deriva num barco de borracha. Não fazem nada, senão aguardar que Deus venha socorrê-los e os tire dali. Remar ou ficar à deriva – nada disso vai trazer qualquer transformação espiritual. A melhor imagem que temos é a de um barco à vela que se move graças ao vento. Não podemos controlar o vento, mas um bom navegador discerne a direção do vento e ajusta as velas. Precisamos apenas saber em que direção queremos ir, ajustar as velas e aproveitar a brisa que Deus manda.


Cada vez que abro a Bíblia e permito que Ele fale a mim, cada vez que oro e conto minhas necessidades, estou abrindo as velas do meu barco para o sopro do Espírito Santo. Cada vez que levo alegria a alguém ou torno o fardo da outra pessoa mais leve, isso é também uma demonstração de que estou sendo impulsionado pelo Espírito.

Você está perdendo alguma batalha no seu dia a dia? Não atingiu aquela altura espiritual que desejava? Caiu justamente no erro que não queria cometer mais? Está cansado de tentar e não conseguir? O vento do Espírito está pronto para empurrar seu barco.

“O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito” (Jo 3:8).



10 de outubro Segunda


A Dádiva da Amizade


O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade. Provérbios 17:17

Nós os conhecemos muito bem. Entram numa roda e puxam conversa, cumprimentam. Soltam piadas. Brincam com os outros e logo estão num grupo rodeados de amigos. O que as pessoas que conquistam amigos costumam fazer? Que qualidades surgem em sua mente quando você ouve a palavra “amigo”? Aqui estão algumas ideias de como atrair amizades:

Seja amigo. Diga: “Oi, bom-dia, tudo bem?” Mostre interesse naquilo que a pessoa está fazendo, torne-se disponível para ajudar no que for preciso.

Seja o primeiro a sorrir. Não espere que o outro sorria primeiro. Mostre um sorriso genuíno, espontâneo, sincero que venha de dentro do coração. Quando você sorri, está dizendo para o outro: venho na qualidade de amigo. Mesmo que esteja sem jeito de dizer alguma coisa no grupo, sorria.

Escute. Faça perguntas e espere respostas. Demonstre que está interessado e comente aquilo que a outra pessoa disse. Ao escutar, você está dizendo: “Aceito você e valorizo sua opinião.”

Diga uma palavra de apreciação, um elogio. As pessoas gostam de elogios sinceros. Por que não deixar que seu amigo saiba dos talentos e virtudes que ele tem? Descubra alguma coisa boa para dizer para seu amigo e diga: “Você está com uma camisa bonita!”, “Mudou de penteado, hein?”, “Que jogada de craque aquela que você fez!” Jesus foi especialista nisso. Ele disse à samaritana: “Você falou a verdade.” Da mulher que o ungiu, Ele disse: “Ela fez o que pôde.” Quantas vezes uma palavra de apreciação nos tirou do fundo do poço.

Dê liberdade aos seus amigos. Não procure controlá-los. Não seja ciumento nem possessivo. Eles precisam de tempo para os hobbies deles, para os estudos e para ficar sozinhos.

Torne tangível sua amizade. Um bilhetinho, o empréstimo de um livro de que você gostou, um e-mail quando estiver de férias e no aniversário do amigo, um cartão de Natal – todas essas coisas, em maior ou menor grau, vão dizer: “Gosto de você.”

Ore pelos seus amigos. Alguns deles ficam sem jeito de pedir que oremos por eles, mas sabemos, pelo que estão passando, que necessitam da ajuda e da bênção de Deus. Ore por eles, e faça-os saber disso.

Hoje, ao se encontrar com um amigo, demonstre de alguma maneira que você o aprecia.



11 de outubro Terça


Criador do Riso e do Sorriso


O coração alegre é bom remédio. Provérbios 17:22, ARA

Ao visitar igrejas, percebo de vez em quando “cochilos de redação” na elaboração do boletim ou pequenas gafes nos anúncios feitos de viva voz. São datas e eventos que, na mudança e ordem de palavras, deixam o anúncio engraçado: “Atenção, irmãs. Lembramos a todas da venda de coisas usadas no domingo, às nove da manhã. É a grande oportunidade de se desfazer de algumas coisas que não vale a pena guardar. Tragam o marido.” “No domingo à noite, o tema será ‘o que é o inferno’. Chegue cedo e assista ao ensaio do coral jovem.” “Para aquelas irmãs que são mães e não sabem o acesso para a salinha das crianças é pela escada do lado esquerdo.”

A ciência hoje repete o que a Bíblia já dizia: “O coração alegre é bom remédio.” Há uma série de reações benéficas que tomam lugar em nosso organismo quando rimos e que são comprovadas pela ciência: boas risadas diminuem o estresse e a tensão, dilatam os vasos sanguíneos, estimulam o sistema imunológico, aumentam a quantidade de endorfina em nosso cérebro, diminuem a ansiedade, aumentam a criatividade e a memória. Para quem você se sente mais atraído: uma pessoa alegre ou que está sempre cabisbaixa? Dê hoje mesmo uma boa olhada no espelho. Você fica mais bonito quando está sorridente ou quando está com raiva ou sério demais?

Feição alegre e longevidade caminham juntas. Há pessoas que não sorriem. Não veem motivo para sorrir. Sempre encontram “uma ilha de notícias ruins no oceano da felicidade”. Que reclamam de tudo, quando faz calor e faz frio. Esse pessoal precisa do remédio de Provérbios 17:22, e em grande dose.

Jesus, que foi uma bênção para todos, demonstrou em Sua vida disposição e semblante que irradiavam alegria. Havia um magnetismo em Sua atitude que atraía todas as pessoas. Se nosso cristianismo fosse mais alegre e irradiante, atrairíamos muito mais pessoas para Cristo.
E Deus, sorri? Claro! Quantas vezes falamos nos casamentos que Deus sorriu quando viu Adão e Eva de mãos dadas. E Ele também sorri quando alguém se entrega a Cristo.


Sou criado à imagem e semelhança de Deus, e de vez em quando dou minhas risadas. De vez em quando me espetava a pergunta: “E Deus, também ri?” Até que o salmista, no Salmo 2:4, me respondeu: “Do Seu trono nos Céus o Senhor põe-Se a rir.”

Ah! Que beleza! Meu Deus é o criador do riso e do sorriso.



12 de outubro Quarta


Senso de Admiração


“Eu lhes digo a verdade: você deve aceitar o reino de Deus como se fosse uma criança ou nunca entrará nele.” Marcos 10:15, New Century Version

Um dos atributos que fazem da infância uma aventura é a capacidade de se admirar de coisas simples. Quando éramos crianças, apenas algumas décadas atrás, parece que nos admirávamos mais facilmente tanto das coisas extraordinárias como das comuns. O mundo era novo! Cada dia trazia surpresas: correr, tocar, subir. Tínhamos um senso de curiosidade mais aguçado. Dizíamos: “Uau!” “Fantástico!” “Espetacular!” “Fabuloso!” “Nossa!” “Que legal!”

Mas a atitude de parar e se aquietar criada por um evento incomum, como se fôssemos fazer uma descoberta, não existe mais. O jeito peculiar de criança, de olhos arregalados, queixo caído, desapareceu, sumiu, saiu da tela.

Vivemos numa época que procura eliminar o mistério, o extraordinário. Viver sem surpresas está na ordem do dia. Expressar admiração pode fazê-lo passar por ignorante ou simplório, porque a tecnologia já traz tudo pronto. As pesquisas nos dizem quem vai ser o candidato eleito. A ultrassonografia nos diz se nascerá menino ou menina. Até para o aniversariante perguntamos que presente gostaria de receber. Nenhum trauma. Nada da ansiedade de saber se o outro vai gostar ou não do presente. Desapareceu aquele ritual de apalpar e balançar o presente. De dizer: “Puxa, mas era isso mesmo o que eu queria. Como você sabia?”

Podemos imaginar na Bíblia esse sentido de admiração tomando conta de Adão e Eva, quando viram a beleza da criação. Do homem cego de nascença, quando teve os olhos abertos e viu cores e formas. Do surdo que teve os ouvidos abertos e passou a ouvir uma variedade de sons. E a surpresa do menino que teve seus pães multiplicados?

O rabino e escritor judeu Abraham Heschel dizia: “Ensinamos as crianças como medir, como pesar. Não as ensinamos como reverenciar, como se admirar e se maravilhar.”

Quando as crianças perguntam, podemos não apenas satisfazer a curiosidade delas, mas também realizar um ato de afeição. Depois que o pai ou professor responde suas perguntas, essas crianças vão dormir pensando: “Puxa, que legal. Meu pai e minha mãe são maiores que as minhas perguntas! Minha professora, meu professor são maiores do que minhas dúvidas!”

É Jesus quem desafia: receba o reino de Deus como uma criança. Nunca apague de sua vida o senso de admiração.



13 de outubro Quinta


Construindo Pontes


Vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Pois Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade. Efésios 2:13, 14

As pontes são símbolos de aproximação, diálogo, convivência e reconciliação. Elas unem pessoas, povoados, cidades e países. Parece que somos mais especialistas em construir muros em lugar de pontes. Tanto que o maior muro feito pelo homem é visível da Lua: a Grande Muralha da China.

Existe também preconceito e discriminação: construímos muros invisíveis entre vizinhos, denominações, grupos étnicos e países.

Cristo passou a maior parte do tempo derrubando muros. Paulo diz que Jesus veio para derrubar o muro de separação: “O objetivo dEle era criar em Si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo [...]. Ele veio e anunciou paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto” (Ef 2:15-17).

A figura que Paulo usa aqui é muito clara. Ele se valeu do templo com suas seções. A separação era: gentios, mulheres, israelitas, levitas, sacerdotes e sumo sacerdotes. Paulo disse: “Jesus é a ponte: o muro desapareceu. Jesus é nossa paz.” A graça de Deus não quer deixar ninguém de fora. Infelizmente, excluímos as pessoas por medo, orgulho ou ignorância. Nós as classificamos assim: quem está dentro e quem está fora. Os líderes religiosos da época de Jesus consideravam virtude não se relacionar com quem não vivia à altura dos seus padrões. Jesus, por outro lado, foi o maior construtor de pontes que o mundo já viu.

Somos convidados a ser construtores de pontes. “Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo” (1Pe 2:5). Quando Pedro diz que devemos assumir nossa missão, ele usa uma palavra que resume nossa identidade como povo de Deus, a palavra “sacerdócio”.

O comentarista bíblico Barclay salienta algo interessante sobre o significado da palavra “sacerdote”, em latim. A palavra latina para sacerdote é pontifex, ou seja, construtor de pontes. Pedro diz: “Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas [...] para serem sacerdócio santo.” Juntos vamos construir pontes!

Esta é nossa identidade: somos construtores de pontes. Pontes de esperança, de justiça e de graça. Devemos construir pontes para outras pessoas se aproximarem de Deus. Pontes de aproximação para conhecerem o evangelho de Cristo. Ponte de aproximação para que entrem no reino do Céu.



14 de outubro Sexta


O Fator Medo


Mas Ele lhes disse: “Sou Eu! Não tenham medo!” João 6:20

Esta é a expressão mais repetida na Bíblia, o ensino mais simples formulado em apenas duas palavras: “Não temas.” Desde aquela primeira vez em que Adão disse: “Tive medo”, até hoje, o medo tem sido o fardo de todo ser humano, em todos os lugares. Não há ninguém que fique livre ou escape de seu aguilhão. O medo é uma coisa natural. Faz-nos cautelosos e tem que ver com nossa autopreservação. O medo tem um tremendo arsenal, pronto para disparar contra nós: medo de emprego novo, de desistir, de perder a saúde, de rejeição, de amar, do desconhecido, de ser diferente, do fracasso.

Parece que estamos sempre operando na base do medo. Temos que falar para o medo aquilo que às vezes a gente tem vontade de falar para algumas pessoas desagradáveis: “Suma, desapareça!” “Saia de perto!”

Nossos pais também colocaram medo na gente: “Tranque tudo, guarde suas coisas, não confie em ninguém ou confie desconfiando.”

Os medos mudam, dependendo da idade. Para uma criança, o pior medo é ficar sozinha. Quanto consolo ela encontra quando o pai e a mãe chegam e dizem: “Pronto, filhinho. Acabou! Papai e mamãe estão aqui.” Para os adolescentes, o pior medo é o de cometer uma gafe ao falar em público. Se quiser comprovar isso, coloque um microfone na mão de um deles e peça para ele fazer um anúncio ou uma oração. Já os adultos têm medo da violência e do desemprego.

Quando surge uma emergência física, o organismo tem a habilidade de reagir diante do medo, fazendo-nos fugir ou enfrentar a situação. É a adrenalina que faz com que a gente corra mais rápido, levante um grande peso, ou ultrapasse um obstáculo que em circunstâncias normais não conseguiríamos transpor. Quantos não se lembram de quão rápido correram numa situação de medo; como cercas e muros altos foram ultrapassados; etc. Este é o lado bom do medo: ele nos faz correr ou enfrentar o problema.

Só que para muitos dos medos que sentimos agora não adianta correr ou enfrentar – são medos da batalha espiritual. Mas a promessa de Deus vale para todos os dias do ano: “Não tema, pois Eu o resgatei; Eu o chamei pelo nome; você é meu. Quando você atravessar as águas, Eu estarei com você; quando você atravessar os rios, eles não o encobrirão. Quando você andar através do fogo, não se queimará” (Is 43:1, 2).



15 de outubro Sábado


Perdoar de Coração


Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão. Mateus 18:35

O psicólogo Dr. Glenn M. Herndon, concluiu em seus estudos que o perdão liberta a pessoa ofendida do rancor e estresse que estão ligados a problemas de saúde tais como pressão alta, câncer e doenças psicossomáticas entre outras.

Depois de um sermão ele perguntou quantos estavam dispostos a perdoar os seus inimigos. Mais ou menos metade do auditório levantou a mão. Não satisfeito com a reação pregou mais vinte minutos e repetiu a pergunta. Desta vez a resposta foi de 80%. A esta altura, mesmo que o auditório estivesse pensando no almoço, falou mais quinze minutos e desta vez todos levantaram a mão, exceto uma senhora idosa lá no fundo da igreja. “Irmã Mirian, a senhora não está disposta a perdoar seus inimigos?”

Ela respondeu: “Eu não tenho nenhum inimigo.”

“Irmã Mirian, isto é algo incomum! Que idade a senhora tem?” Ela disse: “Noventa e três.” “A senhora poderia vir à frente e dizer como se pode viver noventa e três anos e não ter um inimigo?” É fácil, ela disse. “Todos morreram.”

Nossa tendência natural não é perdoar, nem esquecer, nem sair perdendo. Queremos deixar as coisas pelo menos no empate.

Perdoar é contrário à natureza humana e por isso requer a ajuda divina. O perdão não deixa o ofensor no gancho: “Se ele vier pedir perdão, eu perdoo” ou “se deixar de fazer o que está fazendo...” Ou se você fala com os olhos entreabertos: “Eu perdoo, mas não esqueço”, o perdão fica incompleto. Temos que continuar trabalhando na memória de tal maneira que a falta não dê suas ferroadas quando seja lembrada.

Dê uma checada para ver se a hipertensão, e a dor de cabeça ou estresse que você está sentindo têm sua origem numa falta que você ainda não perdoou.

O objetivo do perdão é a reaproximação. É limpar o seu coração do veneno do ressentimento. Por isso, não jogue fora o perdão, nem permita que a raiz da amargura cresça. Eis alguns passos que você pode dar:

1. Reconheça que foi prejudicado. Admita seu ressentimento. Não vai ajudar em nada negar a realidade.

2. Se o erro foi seu, aceite que Deus em lugar de querer que você pague pelo que fez, Ele o perdoou através de Seu Filho na cruz.

3. Com a ajuda de Deus tome uma decisão consciente para perdoar.

“Perdoem como o Senhor lhes perdoou” (Col. 3:13).