segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MEDITAÇÃO DO DIA 27 AO 30 DE NOVEMBRO









27 de novembro Domingo


Um Bom Começo Não É Suficiente


Então Salomão acordou e percebeu que tinha sido um sonho. 1 Reis 3:15

Numa corrida, um bom começo e uma boa largada são importantes, mas não são suficientes para um bom resultado final. Há muitas pessoas que começam dieta, exercícios diários ou um projeto para melhorar a casa. Com o tempo, a dieta fica irregular, o exercício perde a frequência e a melhoria da casa nunca termina. Um bom começo é importante, mas o prêmio é para aquele que cruza a linha de chegada.


Salomão começou seu reinado bem jovem e com o pé direito. Num sonho, Deus apareceu para ele e o desafiou a pedir qualquer coisa que quisesse. Ele pediu o dom do discernimento, um coração atencioso e responsivo e sabedoria.


Algumas pessoas são espertas e astutas. Outras são bem formadas e têm bom preparo acadêmico; mas sabedoria é diferente. Por mais que estudemos, não há livro que dê resposta para toda situação difícil que enfrentamos. É nessas horas que a sabedoria se faz necessária. É o que aconteceu com Salomão, no caso das duas mães que disputavam a maternidade de uma criança, quando não havia teste de DNA para comprovar de quem era o filho. Sua decisão não foi a de um repente gênio, mas a de uma pessoa objetiva, a mais adequada e no melhor momento.


Salomão, além de ser sábio, se tornou também muito rico. Era um grande colecionador e patrono das artes. Escreveu três mil provérbios e mil e cinco cânticos, e os livros de Eclesiastes, Cantares e Provérbios, este último um verdadeiro tratado de sabedoria.


Qual foi o erro de Salomão? Deixou de andar nos caminhos do Senhor. Por conveniência política, casou-se com centenas de mulheres estrangeiras que não adoravam a Deus, e construiu altares para os deuses delas – e adorava com elas.


Salomão não foi o primeiro nem será o último a nos ensinar que, mesmo que tenhamos tido um bom começo, não nos está assegurado um final feliz e com êxito. Temos que continuar bem até cruzar a linha de chegada.


No fim da vida, Salomão “desceu ao túmulo como homem arrependido; mas seu arrependimento e lágrimas não conseguiram apagar [...] os estigmas de seu infeliz afastamento de Deus” (E. G. White, Vidas que Falam [MM 1971], p. 200).


O conselho que Davi deu para Salomão também serve para nós: “Obedeça ao que o Senhor, o seu Deus, exige: ande nos Seus caminhos e obedeça aos Seus decretos, aos Seus mandamentos [...]; assim você prosperará em tudo o que fizer e por onde quer que for” (1Rs 2:3).









28 de novembro Segunda


Ele Cumprirá Sua Promessa


Em breve, muito em breve “Aquele que vem virá, e não demorará”. Hebreus 10:37

No início da primeira semana de janeiro de 2006, os jornais dos Estados Unidos deram a notícia de que treze mineiros haviam sido soterrados em uma mina de carvão no estado da Virgínia Ocidental. No entanto, quando os norte-americanos acordaram na quinta-feira, dia 5 de janeiro, viram estampado nas manchetes dos principais jornais: “Eles vivem”; “Vivos – Mineiros vencem a adversidade”; “Doze mineiros achados vivos quarenta e duas horas depois da explosão.”


Os sinos da igreja próxima da mina, onde os familiares dos mineiros soterrados estavam reunidos, começaram a soar pouco antes da meia-noite, quando a CNN anunciou que doze homens tinham sido encontrados vivos. Familiares e amigos das vítimas em vigília na Igreja Batista local gritaram: “É um milagre! Eles estão vivos!”


Momentos depois, a direção da empresa proprietária da mina disse que havia ocorrido um problema de comunicação e a mensagem não tinha sido enviada corretamente. Houve caos e revolta entre os familiares. “Foi um milagre que nos roubaram”, diziam eles. Anne Meredith, cujo pai morreu no acidente, disse: “Senti que fomos enganados o tempo inteiro.” Durante mais de um dia, aquelas pessoas mantiveram e alimentaram a esperança, e se decepcionaram.


Uma das definições de esperança é: “Desejo acompanhado de uma expectativa; desejo cujo cumprimento é acariciado; confiança em se conseguir o que deseja.”


Quantas esperanças alimentamos como seres humanos: passar no vestibular; que nosso time vença; passar no concurso público; a descoberta para a cura de alguma doença; ganhar medalha de ouro; que amanhã as coisas irão melhorar.


A esperança aparece acenando e trazendo ideias à mente: a semente, o botão para desabrochar, crianças, o sol nascendo. É um chamariz do futuro.


Ela também é um dos componentes mais importantes da fé cristã, e é mencionada aproximadamente 180 vezes na Bíblia. E o povo de Deus desenvolveu, através do tempo, a esperança do advento, um desejo de se encontrar com seu Deus no futuro. Paulo se refere a ela como a “bendita esperança” (Tt 2:13).


“E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou Seu amor em nossos corações” (Rm 5:5). “Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois Aquele que promete é fiel” (Hb 10:23).






29 de novembro Terça


Troco Pelo Correio


Quem poderá morar no Teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta. Salmo 15:1, 2

Até hoje a tenho guardada. É uma moeda de um centavo de dólar. Uma ninharia. Naquela sexta-feira, pouco antes do meio-dia, passei na gráfica da Andrews University a fim de pegar um material para apresentação em classe. Somou 11,34 dólares. Como aluno sempre anda com moeda no bolso, felizmente eu tinha dinheiro miúdo. Paguei 11,35, e a senhora que me atendeu se desculpou pelo fato de não ter um centavo de troco naquele momento. Eu disse: “Imagina! Um centavo. Não precisa.” Como brasileiro acostumado a escutar: “Posso ficar lhe devendo cinco centavos?”, aquilo não era nada.


A surpresa para mim veio três dias depois quando recebi um envelope com a cópia do recibo e a moeda de um centavo colada no papel com fita adesiva. Eu nem me lembrava mais. Olhei no envelope para ver quanto tinha custado a remessa pelo correio: dezoito centavos. Pensei: “Mas que maneira de cuidar de um item tão pequeno e sem valor, que muita gente passa por alto.” Ela poderia ter pensado: “Ah! Coisa tão pequena. Se ele mesmo disse ‘deixa pra lá’ e nem se lembra mais, para que vou me dar ao trabalho de enviar um centavo?”


Por que guardo a moedinha até hoje? Pelo seu valor simbólico. Para me lembrar de uma senhora que quis ser honesta e leal primeiramente consigo mesma, e que podia se ver no espelho pela manhã e ficar feliz pelo que fez. Mesmo que não faça sentido na mente do outro, deve fazer sentido para você.


Devemos viver uma vida alinhada com nossos valores e com aquilo que cremos. As promessas e compromissos que assumimos com nós mesmos são tão importantes como os compromissos firmados com outras pessoas e que não deveríamos deixar apenas no nível das intenções, empurrando a consciência para o lado quando ela grita para fazer o que é certo.


“A maior necessidade do mundo é a de homens [...] que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos” (Ellen G. White, Educação, p. 57).


Num salmo intitulado “O hóspede de Deus”, Davi diz: “Senhor, [...] quem poderá morar no Teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a verdade [...] que mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado [...].

Quem assim procede nunca será abalado!” (Sl 15:1, 2, 4, 5).







30 de novembro Quarta


Prêmio Extra


Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados. Mateus 20:8

Depois de assistir à entrevista com o jovem rico e sua rejeição ao convite de Jesus, Pedro disse: “Senhor, nós abandonamos tudo. O que vamos receber? Nós fomos os primeiros, que receberemos?” Jesus respondeu com esta parábola que foi a última que Ele proferiu antes de Sua entrada em Jerusalém. É uma história de lances contrastantes:


Por ocasião da colheita da uva, os proprietários das vinhas saíam de manhã cedo, na praça do mercado em busca de trabalhadores. Um deles, com o primeiro grupo, estabeleceu o contrato de um denário por dia. Para os demais, ele disse que daria o que era justo.


Como naquele ano a meteorologia estava prometendo clima favorável para o período da colheita, ele se animou e voltou a convidar mais trabalhadores. A história diz que ele voltou às nove da manhã, ao meio-dia, às três da tarde e às cinco da tarde. O último grupo era o que ninguém queria, dos esquecidos e dos que se sentiam desvalorizados.


Na hora do pagamento, esses últimos também receberam um denário. Os que haviam trabalhado o período de doze horas receberam também um denário. “É injusto”, protestaram os primeiros. “Eles não podem receber o mesmo que estamos recebendo. Queremos um bônus!”


O comentarista bíblico John MacArthur, explicando a reação desse grupo, diz: “A acusação de injustiça não estava baseada no amor pela justiça, mas na pretensão egoísta de que o pagamento extra que eles queriam era um pagamento que eles mereciam.” Era como se estivessem dizendo que Deus estava em débito com eles.


Na economia da salvação, os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros. Jesus disse: “Os publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no reino de Deus” (Mt 21:31). Aqueles para quem a salvação parecia difícil serão os primeiros a entrar no reino de Deus.


Não vai haver um teste de pré-seleção no Céu para perguntar quem serviu mais tempo ao Senhor, quem foi mais fiel, quem sabe mais ou quem fez mais. Não haverá um grupo em condomínio e outro em vielas.


Agradeçamos a Deus pela graça que coloca à disposição de todos nós. Aqui está o milagre e a maravilha da graça.