domingo, 20 de novembro de 2011

MEDITAÇÃO DA MULHER



20 de novembro domingo


Um Buraco no Coração


O próprio Deus irá à sua frente e estará com você; Ele nunca o deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não desanime! Deuteronômio 31:8, NVI

Como gosto de lecionar! Um dia, porém, enquanto equilibrava nosso orçamento doméstico, percebi que alguma coisa precisava mudar. Trabalhar na escola autônoma onde eu estava empregada rendia menos dólares do que trabalhar numa escola pública.

Entrei na internet e vi o anúncio de um emprego no magistério que me conviria perfeitamente. E o pagamento era, sem dúvida, melhor. Fiz a inscrição, fui entrevistada e recebi o emprego, mas ainda me sentia insegura. Achei que devia preparar meus alunos com antecedência. “Vou sair da escola no dia 16 de março”, disse eu. Alguns demonstraram tristeza; outros não se manifestaram.

Mas uma garotinha não conseguia esperar para desabafar sua tristeza aos joelhos de sua mãe. “A professora Raschelle vai embora”, disse ela, com lágrimas. “Parece que tenho um buraco no coração.”

Expliquei à mãe que, embora amasse a escola, não poderia ficar porque a compensação financeira era insuficiente. A mãe, de imediato, entrou em contato com a escola e reclamou com a adminstração. “Por que vocês não estão pagando as nossas professoras?” ela quis saber.

A administração me chamou para uma reunião. Suplicaram-me para que ficasse até o fim do ano letivo. Não podiam oferecer mais dinheiro, mas escreveriam uma carta de recomendação no fim do ano.

Confusa e pesarosa, orei para que Deus me guiasse na direção certa. Eu deixaria um emprego no qual havia trabalhado muito com as crianças, não só na alfabetização, mas na edificação do caráter. Senti-me apreciada e amada pelos pais e o corpo docente. Mas agora me dedicaria a um grupo de alunos mais maduros, obtendo os benefícios da estrutura municipal e um salário mais alto.

Decidi terminar o ano na escola autônoma onde estava e precisei dizer isso à outra diretora. Perguntei se poderia terminar o ano na escola onde lecionava e ser reconsiderada para o ano seguinte. Sua resposta foi gélida. “Se você não pode se comprometer comigo agora, não vou contratá-la no próximo ano.” Ao desligar o telefone, eu sabia que Deus me orientava a permanecer na escola autônoma.

Muito obrigada, amorável Senhor, por me ajudares a tomar decisões, grandes e pequenas. Quando tomo decisões insensatas, por impulso, dou-Te a permissão de intervir.

Raschelle McLean-Jones



21 de novembro segunda


Só Deus Compreende


E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. Apocalipse 21:4

Na pequena igreja que frequentei por sete anos, fiz papel de mãe para mais de 20 juvenis, adolescentes e jovens. Nossa relação começou com aulas da linguagem dos sinais e cresceu tremendamente, desdobrando-se no ministério entre os surdos, acampamentos com outras igrejas e envolvimento em programas educativos e sociais, entre outras atividades. Com certeza, eu amava meus “filhos”.

Naquela igreja, éramos três membros da área da enfermagem. Estávamos sempre de plantão para a comunidade e ajudávamos com alegria onde fosse possível. Éramos também boas amigas e, algumas vezes, duas saíam de férias ao mesmo tempo, mas em geral uma ficava a postos em casa. Então, num outono, pela primeira vez, nós três saímos juntas para passar férias na Flórida. Ainda assim, continuávamos a um telefonema de distância. Certa manhã, às 6 horas, uma das minhas meninas ligou muito perturbada. Ela informava que um dos garotos havia falecido repentinamente, após breve enfermidade. Naturalmente, ficamos chocadas. Ele havia morrido quatro dias antes do seu décimo sexto aniversário e cinco dias antes de apresentar seu primeiro sermão da Voz da Mocidade. Todos estavam aguardando esse evento, e agora ele não se realizaria. O garoto era cortês, carinhoso, respeitador e confiável, muito apreciado por seus companheiros e pelos adultos também.

Foi realmente difícil assimilar aquele falecimento. Expressei meu agradecimento a Deus pela vida dele, mesmo tendo sido tão curta. As lembranças agradáveis permanecem. Temos sentido falta dele, mas me recordo das expressões das demais crianças: “Podia ter sido qualquer um de nós.” Isso me fez parar e pensar no quanto é incerta a vida, e sobre a importância de viver sempre para Deus.

Não vieram respostas para as perguntas que tínhamos. Haveria algo que as enfermeiras poderiam ter feito para mudar a situação, se estivessem lá? Teria que ter acontecido dessa maneira? A promessa de vida eterna, na Nova Jerusalem, é a esperança que devemos acariciar. Deus conhece cada situação, dor e sofrimento, e alivia a todos com amor incondicionalmente. Como fico feliz! Espero que seja essa a mensagem que todos os jovens (bem como os de mais idade) tenham a oportunidade de aprender.

Donette James



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